domingo, 4 de abril de 2010

Rompimento e união

Costumeiramente, junto ao amor vem sempre a vontade de ter por perto, de sentir a respiração, de poder olhar nos olhos. E consequentemente, o impedimento do encontro acaba gerando feridas. Mas o pior de tudo é como acontece com a gente. Você está ali, na minha frente, e os meus olhos podem percorrer aquilo pelo qual eu dedico um amor incapaz de se desprender de mim. Mas, infelizmente, entre nós há uma barreira, que impede que eu me acolha nos teus braços como costumei fazer em outros tempos.
E o que me dói mais é saber que isso não está contido em nós.
A cor dos teus olhos, a qual eu jamais esqueci, era o que eu mais desejaria ver de perto agora. Poder rir contigo, ouvir tua voz e até mesmo sentir o seu cheiro que nunca saiu de mim.
Ao mesmo tempo, tudo isso torna-se contraditório ao saber que você está aqui à todo momento: na memória, no peito, nas lembranças de um tempo bom.
Eu tento seguir os caminhos vivendo minha vida, mas aqui, ainda restam resquícios de que você é essencial. Por fora, muitas vezes, chego nem à demonstrar, mas o turbilhão se encontra aqui dentro, comigo mesma. Pensamentos e sentimentos se chocam.

Romper a saudade, as barreiras.
Unir nossas mãos, nossos rostos, nossas vidas.
Saudades.

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